Os Currais.

Adentro aos currais do castelo, que ficavam logo atrás do mesmo. Ando um pouco procurando por uma videira que daria a mim os tão esperados cachos de uva. Não demoro muito para achar uma trepadeira grande e carregada de frutos, pendurada nas grandes árvores que estavam no local.
-As videiras estão realmente carregadas. Vou até lá para pegar alguns frutos.
Chego até a videira e procuro alguns cachos bons, maduros e cheios de frutas, então coloco-os na mochila que carregava.

- Narrador -

Primeiro cacho coletado.

Observo bem a videira, procurando pelos outros cachos de uva, igualmente carregados e bonitos. Encontro um ao lado de uma das árvores que sustentava a trepadeira. Arranco-o desta e coloco na mochila.

- Narrador -

Ao puxar o cacho uma pequena aranha cai na mão de Yohma, verde com detalhes amarelos e olhos negros redondos brilhantes.

2 Cachos coletados.

-Una pequeña araña!
Deixo a mão parada para a mesma não me picar e não me envenenar. Tiro meus lenços e jogo por cima da aranha, finalmente tirando ela de minha mão imobilizando estas com os lenços. Volto a colher os cachos de uva. Acho outro de mesma qualidade e coloco em minha mochila.

- Narrador -

Uma aranha do tamanho de um bode desce com outras do tamanho de cachorros, porem as mesmas apenas olham para o mágico e pegam a aranha menor.

Após se afastar um pouco dali o homem pega mais um cacho (3/5) Um espantalho está preso no meio do lugar com um colar lindo e brilhoso, utilizando roupas clássicas de um espantalho exceto pelo óculos negro de sol.

-Haha! Mas que espantalho esquisito. Por quê um colar tão valioso estaria nele?
Olho para as aranhas que apareceram e sorrio.
-Nada como não atacar e não ser atacado.
Continuo a colher as uvas.

- Narrador -

O homem ai terminar de coletar os cachos olha para o lado e  sente um arrepio notando o espantalho bem próximo dele, ainda cravado no chão, o colar reluz pelo sol chamando atenção. Uma voz suave começa a correr pelo vento fraco que passava
- Pegue o colar... Entregue a ele... (4/5 cachos coletados)

Olho para o colar reluzente, que me cega por alguns segundos por culpa da réstia que o colar emanava.
-Hum! Então quer dizer que há mais alguém aqui além de mim?
Termino de coletar as uvas e vou pegar o colar do espantalho, já preparado para o pior.
-Até parece que eu vou ser enganado por você. Além de que, eu sou o enganador. Tentará fazer alguma coisa de ruim comigo, mas não dará certo.
Apanho o colar e recuo dois passos para trás, apontando minha cartola, com alguns fósforos dentro, pronto para atacar.

- Narrador -

Ao homem pegar o colar e dar os saltos para trás o cenário muda completamente, toda a vegetação começa a morrer e ficar negra, o céu escurece e o clima fica frio e o ar rarefeito, vários corvos começam a voar pelo local e as vinhas de uvas caem, o espantalho começa a sangrar e se desfazer, a poça envolta dele desenha um simbolo de uma estrela e então começa a reluzir e o sangue todo evapora criando uma fumaça vermelha, enquanto a fumaça se desfaz uma criatura horrenda aparece saindo do solo.

Spoiler:

-Oh! Então é só isso?
Sorrio ironicamente. Jogo os fósforos acesos na criatura. Esta parece ser atordoada pelo fogo. Faço minha varinha negra cilíndrica ficar maior e bato na criatura freneticamente.
-Parece que vai atacar!
Recuo um pouco para manter uma distância segura.

- Narrador -

A criatura sente os fósforos em suas costas e solta alguns grunidos porem se levanta aparentando uma altura maior que o normal, ela cruza os braços fazendo um X defendendo os golpes do mágico e indo até sua direção andando desajeitada, suas unham tem 5cm e parecem ser bem afiadas.

Olho para a gigante criatura, que nem se parecia tão gigante comparado a mim, que tenho 1,70m de altura. Jogo um lenço nesta para tirar sua visão e me esquivo para o lado, deixando esta passar. Logo que a criatura estivesse de costas para mim, ataco com minha varinha, seguido de alguns chutes e fósforos que fora acendidos dentro de minha cartola.

A criatura é cegada pelo pano, para e o retira  do rosto não vendo mais o homem, toma os golpes nas costas caindo de joelhos, logo se levanta e investe contra o homem de braços abertos, quando chegava perto fechava os braços visando retalhar o homem com suas unhas.

Ao chegar perto de mim, aumento ainda mais o tamanho de minha vara, no intuito de fazer uma estocada açoitadora contra aquela grande coisa com quem lutava, na tentativa de fazê-la cair. Em seguida, tiro algumas bombas de fumaça e jogo ao chão.

A Criatura cai no chão com a batida porem se levanta no meio da fumaça sendo indentificado por causa do vulto, voltava a investir no homem tentando retalha-lo com o mesmo movimento.

Continuo com as estocadas e batidas com a varinha para fazer a criatura cair. Canso disso e logo preparo três bombas de fumaça e duas ilusões fracas, que funcionam como sombras e vultos atrás da cortina de fumaça.

- Narrador -

A criatura cai no chão e se despedaça, logo reaparece no mesmo local que tinha surgido a primeira outra exatamente igual, poderia dizer até que é a mesma, ela vai correndo e dá um salto girando fazendo um tornando de cortes que se acertasse o alvo iria fatiar em vários pedaços para servir.

Ainda com a densa fumaça e as ilusões, atiro toda a fumaça contra a criatura com um grande lenço. Desvio do ataque brutal da criatura com minha varinha, que aumenta de tamanho e me faz ir para cima, em seguida, faço uma acrobacia que me movo para trás da mesma junto com a varinha já encolhida. Abro minhas asas e solto pequenos raios de luz, fazendo-a ficar imobilizada. Começo a assobiar numa melodia calma e triste, o cântico dos anjos. A forma melosa em que expressava essa música causava dano ao monstro.

- Narrador -

A criatura ignora todos os ataques porem quando é acertada pelo feixe de luz e imobilizada começa a tremer, ao ouvir a música ela começa a desaparecer em fumaça negra, todo o local ao redor começa a voltar como era antes, o ar volta ao normal e as plantas renascem e após alguns momentos notasse que tudo foi apenas uma ilusão, caído aonde estaria monstro está o colar agora não brilhando tão forte, era um brilho mais calmo e convidativo.

Sorrio e, então, corro em direção ao bar com a mochila cheia, escondendo minhas asas.