Biblioteca de Eterna

O lugar mais calmo de Eterna, a biblioteca serve para que as pessoas relaxem lendo um livro ou outro tipo de texto. Na entrada tem uma recepcionista com um sorriso agradável, que ira te ajudar a procurar seu livro, as paredes e o teto do lugar são brancas como nuvens, com janelas iluminando a paisagem. Em várias partes dela há uma placa escrito "NÃO ESQUEÇA DO SILENCIO".
É um local bem grande então as fileiras dos livros são separadas em números e letras, começa do "A-1", vai até o "A-10" e depois do lado tem a fileira "B". Cada fileira tem um tipo de gênero de texto, como ação, aventura, romance, etc.
 É silencioso, feito para as pessoas intelectuais estudarem mais sobre seu reino, mundo e até outro reino ou mundo imaginário.

Devido a forte chuva que caia sobre reino, sigo para a biblioteca, um ótimo lugar para descansar, fato que principalmente se deve ao silencio agradável que lá se mantinha, independente do que acontecia do lado de fora. Cumprimento a recepcionista com um breve aceno e sigo para as fileiras numeradas.

“– Não se esqueça do silencio–”. Ao ler o aviso que se propagava por grande parte do ambiente rio quase que silenciosamente, seguindo para uma das estantes. Talvez um livro de aventura fosse uma boa opção para aquele dia.

Sempre adorei dias chuvosos, nesses dias eu podia me sentir mais calmo... Talvez pelo fato de não terem muitas pessoas as ruas. Mas procurando o que fazer pela cidade, avistei o enorme prédio da Biblioteca.

- Heh... Não tenho o que fazer mesmo... – Murmurei em baixo tom.

Cheguei a porta do local e limpei calmamente meus pés no tapete ao pé da entrada e adentrei ao ambiente, nele observei um homem com um enorme sorriso no rosto, tratava-se do recepcionista, o qual não fiz questão de se quer fita-lo.
Começo a andar em meio entre as fileiras que formavam um amplo corredor de livros, A imensidão do local me fascina... Sempre gostei desse tipo de coisas, até por que existem muitas coisas que não conheço neste mundo.
Perdido nesses pensamentos fúteis acabo esbarrando numa mulher de cabelos escuros e baixa estatura.

- Ah! – falo desviando o olhar da moça – Me desculpe por isso... – Concluo sem jeito.

Por alguns segundos, retiro meu foco do livro que segurava despreocupadamente, e direciono o olhar para o rapaz de cabelos brancos, de tal modo assinto de leve com a cabeça aceitando suas desculpas, sem dizer nenhuma palavra. Torno a “folhear a aventura” que tomava em minhas mãos.

– Dias como esses são agradáveis para ler, não acha? – Comento quase que em um sussurro.

Quando ia me distanciando dela pude ouvir algumas palavras saindo de sua boca, E como havia cometido o desrespeito de esbarrar-me nela, Pensei que a mesma dirigia suas palavras à minha pessoa.

- Desculpe-me, Você disse alguma coisa? – Perguntei me virando para a morena.

Respiro fundo, sem olhar para o rapaz.

– Nada demais, meu caro – Articulo tranquilamente, fechando o livro, enquanto busco algum lugar adequado para sentar-me. – Apenas falava de como é agradável ler durante um dia de chuva intensa como está –.

Não sei se é apenas bobeira minha, mas as palavras dela me soaram meio arrogantes... Nada disso! Deve ser efeito das minhas tendências antissociais que espantam as pessoas.

- Concordo com as tuas palavras senhorita, é bom saber que eu não sou o único com esse tipo de pensamentos por aqui – Indago tentando exprimir calmaria em minhas palavras.

Olho as prateleiras rapidamente, puxando um livro aleatório a começo a seguir a moça.

- Eu poderia me sentar contigo? -  Falo quase num sussurro.

Respiro fundo, e em sequencia solto todo o ar que preenchia meus pulmões pela boca, gerando um suspiro aborrecido.

– Estou enganada em dizer que não é de Eterna, rapaz? – Pondero, com um tom de leve seriedade, enquanto vou à direção de uma cadeira próxima.

Por que ela disse isso? Essa mulher, quem pensa que é...
Espera... morena, de baixa estatura, pele clara, uma armadura, e esse jeito frio de agir... Será que é a I-Imperatriz que todos comentam?

- A-Ah me desculpe por isso... Majestade – Digo curvando-me rapidamente.

Eu quase não interajo com alguém e quando resolvo fazer, é isso que acontece?

Suspiro brevemente, entendendo o que se passava.

– Levanta-te, me desagrada que qualquer um se curve perante a mim, afinal, quem sou eu a não ser... Alguém como qualquer outro? – Concluo, aos poucos amenizando tanto o tom de voz como a face completa pela seriedade. – Sim, gosto que me tratem com respeito pelos objetivos que cumpri, mas não que se subjuguem diante de mim, rapaz –.

Ouvi atentamente as palavras da mulher, E meu corpo rapidamente seguiu as palavras dela como uma ordem. Ergui-me rapidamente e sorri forçadamente para a moça.
Minhas mãos tremiam levemente... Eu não queria deixar aquela sensação opressora me tomar. Como uma válvula de escape comecei a cravar minhas unhas na palma de minhas mãos enquanto ainda forçava um riso para a Majestade.

- M-Mas... Você qualquer outro? – Soltei em minha voz trêmula.

Enquanto a mulher parecia não reagir muitas coisas passaram-se por minha mente, Até mesmo a de investir contra a Morena. Não podia aceitar alguém da corte se nivelando a nós os “outros” que já sofremos tanto em nossa estrada.
Mas de que adiantava eu pensar tudo isso? Com uma simples ordem eu poderia ser executado por minhas ações impensadas.

- Ah... Não se preocupe com o que eu disse Vossa Majestade... Eu já estou de saída! – Falei virando as costas sem mesmo esperar a resposta de senhorita.

Já fora da biblioteca onde a chuva já não caía mais, Eu acabei enterrando meus punhos num muro... O que eu estava fazendo...

Enquanto a bela mulher de cabelos chocolate lê o livro, apareço colocando um casaco em suas costas

- Majestade... Irá pegar um resfriado

Suspiro, em seguida fitando de relance a jovem que envolvia meu dorso com um casaco.

– Encontraste-me Akane? Parece ser realmente fácil saber onde estou – Um ligeiro sorriso se forma em minha face enquanto discorro quase que em um murmúrio.

Pausei-o por alguns segundos, tornando a falar.

– Mas... Ora! Sinto-me muito bem, não penso em ceder tão facilmente a um resfriado – Concluo minha fala tranquilamente, rindo de forma breve, e logo fechando o livro que segurava.

Olho para você em uma pausa e começo a rir levemente

- Acha-la não é nada fácil, sabe? - Sorrio para a mesma - E por favor fique com algo para se esquentar! Se pegar um resfriado talvez eu... - Coloco as mãos no rosto - Fique em depressão e nunca mais possa te servir... - Faz drama, mas logo abre um sorriso e dá uma piscadela - Ou algo assim, então trate de se tratar, Majestade.

Vejo alguem fazer um gesto de silencio, reparo que estou na biblioteca, coloco as mãos na boca e balanço a cabeça positivamente para a pessoa, me aproximo de Sua Majestade e a entrego um pratinho de maçãs cortadas

- Antes que alguém me mande ficar em silencio de novo, vou tentar falar mais baixo - Sussurro

– Oh, céus. Farei isto por você então – Falo sobre o fato de ter de vestir o agasalho que a mesma havia me oferecido a poucos.

“Algumas vezes pode ser útil não ser encontrada facilmente “. Penso, dando uma risadinha baixa, fazendo o possível para manter o tom de voz em uma altura tolerável.

– E... Ás vezes é de muito agrado estás pequenas mordomias – Sorrio para a jovem albina, enquanto delicadamente pegava uma das fatias de maça que estavam sobre o prato.

Respiro fundo e me espreguiço, voltando a sorrir um pouco mais animada.

– Me diga Akane, deseja ir a algum lugar? – Questiono, olhando para a mesma. – Hoje estou com vontade de aproveitar está tarde de céu limpo –.

- Onde Sua Majestade ir, eu vou junto, e nem tente começar a me chamar de irritante por pensamento - Rio

Me sento e respiro fundo

- O que acha de aproveitarmos e passearmos pela floresta perdida? Acredito que a agradará cavalgar um pouco.

Olho para a pessoa que me mandou fazer silencio e a vejo lendo um livro

- Eu não gosto de você - Murmuro e olho para você sorrindo

Rio da atitude da jovem perante a recepcionista.

– Está bem, está bem – Confirmo balançando a cabeça de leve. – Será um bom lugar para que treine suas habilidades, Akane –.

[ - Mudança de tópico: Floresta Perdida]

Chego à biblioteca e então a encaro, algumas partes da estrutura estavam quebradas, até a porta. Ainda não sei como estava dentro, mas tomara que tenha conservado alguns livros; Pensei, dando um chute na porta, a jogando no chão e quebrando mais ainda. Adentrei o local.

- Isso é vandalismo, sabia? - Disse ao passar pela batente, agora sem porta. Entrei e fitei o local, não estava em suas melhores condições, mas ao menos os livros não pareciam estar tão danificados. - Por onde começamos?

- Vândalo, vândalo, vândalo. - Ele diz, entrando à passos claros e altos no local. Puxa uma cadeira e se senta, perto da mesa central do local. Apoia seus cotovelos e coloca sua mão em seu queixo, em uma expressão de tédio. Boceja por um momento, se virando para os dois:

- Gostaram de ser carregados em uma batalha de verdade? Foi divertido. Pena que vocês preferem coisas tediosas como livros, e tal. - Ele comenta.

- Começa por onde quiser, vou ver se isso está seguro -

Digo, indo reto. Depois de andar um bom tempo, entre as estantes, chego no fundo da biblioteca, estava mais destruído que o resto, o "acusado" estava logo a frente. A frente se encontrava um portal, igual aos outros. Fico um tempo encarando aquilo, para caso saísse algo. Chego até o portal, com segurança e estico minha mão. O punho, principalmente os dedos, ficava com uma coloração roxa escura, quase desaparecendo pelo escuro do local. O portal começava a se agitar e então a ser sugado à minha mão. Faço algumas caretas de dor, ainda não estava acostumado aquilo, mas contínuo até que o portal desapareça. Após isso começo a procurar livros que me pareciam importantes para explicar os que possuíamos.

- Porque está aqui mesmo? Creio eu que ninguém te obrigou a vir, então, se acha nossos estudos coisas tediosas, aproveite que não há necessidade nem de abrir a porta e saia com o rabinho entre as pernas, Sr. Fodão. - Sibilei ao Emissário com um sorriso sarcastico. Não gostava dele desde o encontro na muralha, e não seria uma batalha ganha ao lado dele que me faria mudar de ideia.

Já que estava totalmente concentrado nos título dos livros, só faço uma pergunta curta.

- Quem é você ? -

Não tiro a cara da estante, lendo os títulos e vendo se o livro estava inteiro ou não. Estou com, mais ou menos, 5 livros na mão.

- Mas que treta é essa? - Ele diz, agora se apoiando com os pés sobre a mesa da biblioteca. Se sobe e senta em cima da mesma, balançando seus pés, calmo, mas preparado para a eventual "porrada" que poderia acontecer.. Ele sentia que ninguém aparecia exatamente no mesmo local que ele sem segundas intenções..