A grande floresta

Começa a ficar desconfortável na árvore e desce.
[ Humm. acho que vou procurar outro lugar. ]
Vai andando pela floresta, observando as arvores e os animais ao seu redor.

Após algum tempo termino algumas armadilhas naquela área. Passo a mão no rosto tirando parte da água que estava por causa da chuva. Dou um suspiro e logo um sorriso de canto ao olhar para a floresta e não ver qualquer detalhes que entregasse as posições das armadilhas.

- Perfeito...

Pego o restantes de minhas coisas e me aprofundo mais na floresta, para continuar o que estava fazendo.

(M.d.t. Floresta pt 2)

Meus olhos brilham, a luz laranja que emanava dos mesmos cada vez mais forte enquanto adentrávamos mais fundo na floresta. Estava totalmente distraído observando o ambiente, enquanto o manto que me cobria arrastava-se na terra molhada, pingos de chuva raramente nos acertavam, caindo por buracos na densa vegetação da floresta.

Ao escutar o chamado de Khatryn, paro de caminhar, ainda encarando a floresta à minha frente, fascinado. Viro-me após algum tempo.

- Hm? - Pisco algumas vezes, fazendo com que a luz laranja deixe um efeito no mínimo interessante no rosto da mulher.
Depois de um tempo, liberto-me de minha distração.
- Enfim, sim. Parece que há um fim repentino da vegetação mais a frente, Khatryn. - Digo friamente, virando-me e retomando a caminhar.

Chegamos ao limite, a planície onde o castelo se encontrava estava tomada pela chuva, podíamos enxergar a estrutura, todas acinzentadas ao longe.

Pisco algumas vezes, analisando a cena quieto.
- Um castelo. - Digo, ainda parado.

Paro alguns passos atrás dele e, encarando a construção a nossa frente, acordo ao vê-lo começar a andar e, um pouco desajeitada pela terra molhada, sigo-o.

Esperava Jason na entrada da floresta, então lembro das armadilhas que havia deixado no interior. Prevendo que o mesmo poderia saber onde estava, entro mais a fundo na floresta até o local.

Apesar da chuva e da neblina, esgueiro-me com facilidade entre as árvores até chegar em uma das armadilhas. Pego a corda arrebentada no chão e olho em volta em busca do que poderia ter feito aquilo.

Adentrava a floresta, caminhando por entre os pinheiros, usando a aura para detectar as armadilhas de Éowen. Avanço pela floresta, logo vendo uma cabeleira loira, aparentemente procurando algo.

Me encosto em um dos pinheiros e fico a observar a atiradora.

Escuto um certo barulho que para muitos soaria comum e discreto por ali ser uma floresta onde sempre há barulhos. Mas para os ouvidos de alguém acostumado á esta, era claramente um sinal de algo a mais por ali.

Com calma levanto-me sem olhar na direção que veio o ruido, agindo normalmente. Dou alguns passos para frente seguindo o rastro das patas do animal, tentando identificá-lo ainda com certa dificuldade por causa da chuva e da neblina.

Esgueiro-me entre algumas arvores para sair do foco de visão de quem estivesse atrás. Já com o arco em mãos preparo uma flecha e encosto-me em um grande tronco em silencio para ouvir qualquer outro sinal.

Vendo a garota se preparar para um possível ataque, solto uma curta risada e desapareço em meio as sombras, reaparecendo ao lado da atiradora.

- Vai me matar ? - Pergunto me encostando na árvore.

Viro rapidamente com o arco e praticamente solto a flecha, mas seguro-a nas pontas dos dedos ao ver quem era. Solto um suspiro de alivio e um riso baixo.

- Se continuar me assustando, provavelmente.. - Abaixo o arco e inclino o corpo, ficando na ponta dos pés para alcançar seus lábios molhados pela chuva, dando um selinho.

Recebo o selinho, a puxando contra min, aprofundando mais o beijo. Se paro nossos lábios e começo a olhar a nossa volta.

- Que tal darmos uma olhada para aquele lado - Falo apontando para uma das direções da floresta - Quero dar uma olhada na parte destruída da floresta.

Sorria olhando para a direção enquanto o abraço.

- Por ali dá na montanha e na vila, onde estávamos ontem.. porem sei que a floresta se aprofunda ainda mais.. até chegar nesta parte mais danificada. - Faço uma pequena pausa. - Mas ainda não estive la, quer mesmo ir? Pode ser perigoso..

- Esta com medo gatinha assustada ? - Falo a provocando, começando a andar em direção a onde eu queria ir - Assim nem parece a minha Éowen...

Arqueio a sobrancelha, encarando-o.

- Não é isso... apenas não quero que alguém te machuque.. - Digo passando de cabeça erguida, pelo mesmo, andando alguns passos a frente com um sorriso de canto. - Pode ter certeza... que me garanto la..

- Então vamos - Digo segurando o braço dela, avançando para a próxima parte da floresta.

Tenho a atenção voltada para Jason, porem não tinha certeza se havia escutado o que realmente ele disse. Ainda sim deixo um sorriso tímido escapar e o abraço mais forte.

- Estou tão feliz com você ao meu lado..

- Igualmente - Digo sorrindo - Apesar da situação em que nos conhecemos, agradeço por aqui ter acontecido, pois se não tivesse, talvez nunca teria te conhecido...

Solto um riso ao lembrar da "situação".

- Aquilo foi realmente uma loucura... Mas, eu que agradeço por ter me agarrado daquele jeito.. - Ria baixo, aos poucos voltando a ficar pensativa. - O que será que aconteceu com as pessoas que estão por lá?

- Se estiverem fora de Hyacinth provavelmente mortos... - Disse encarando o caminho entre as árvores - Ouvi dizer que as demais cidades foram devastadas por titans de mais de 100 metros...

- Tenho certeza que em breve eles estarão aqui... é só uma questão de tempo. - Digo em um tom preocupado e ligeiramente baixo.

- As coisas serão diferentes - Digo apertando minha mão com força o suficiente para a mesma sangrar - Quando eles chegarem aqui, não irão estar diante de um grupo despreparados de guerreiros, mas sim de um verdadeiro exército... - Falei com um pouco de ódio em minha voz - Eu irei destruir cada um deles, assim como os meus outros inimigos - Falei por fim, saindo da floresta, já vendo o navio ao longe.

(m.d.t)

Chego na floresta e vou direto para onde havia deixado algumas armadilhas, no dia anterior. Como previsto alguns pequenos animais estavam presos, ainda vivos. Me aproximo e abaixo-me observando o pequeno coelho naquela, do bolso tiro um pequeno vidro com um tipo de pó esverdeado.

Coloco um pouco nos dedos cobertos por uma luva e assopro no pequeno animal, saio dali e repito o processo nas armadilhas que ainda haviam criaturas vivas. O pó era um sonífero que agia rápido. Ao voltar para a primeira o coelho ja estava em sono profundo.

Pego os animais e sem demora saio dali voltando ao barco.

(M.d.t)