A grande floresta. pt2

Suspirou e entrou no carrinho, meio desconfiada.

- Por favor, eu só não quero morrer hoje.

- Náh! Vai ser divertido - Dou um sorriso maldoso e corro até o carrinho, bato com minha perna nele e me atiro dentro do mesmo fazendo ele deslizar - Yahooooo, lá vamos nós!

- W-WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH - Anne se encolheu e abraçou o corpo, segurando o choro - NUNCA MAIS VENHO ATRÁS DE VOCÊ!

- É DIVERTI -Me interrompo ao ver que a terra se desfazia virando lama- do... Me-merda merda merda merda!
Coloco a mão no carrinho e faço a terra ficar sólida novamente, gastando energia no processo.
- WUHUHU Está quase lá!!!!!

Anne se encolheu mais ainda ao notar o carrinho se desfazendo e gritou, chorando de medo.

O carrinho chega no final da montanha e começa a perder velocidade, mas ainda rápido iria se chocar numa pedra.

- AeHOOOOOOO silverster stallone E-Ei! Pera ai! Vai bater, se segura.
Pego Anne e pulo para o lado, deixando o carrinho bater na pedra e sair girando no ar despedaçando, logo depois disso caio com Anne nos braços, largo ela e saio rolando.
- Me-Merda, isso doeu, você está bem?

Tremendo, Anne olhou pra ele e tentou dar socos no peito dele, mas não tinha forças e todos foram muito fracos. Acabou desistindo.

- Nunca mais entro em um carrinho feito por você - Resmungou, se levantando.

A garota passava por ali, pulando de árvore em árvore, assim evitando as possíveis criaturas hostis que poderiam existir em solo. Enquanto ela andava por aquela floresta, a mesma gravava em sua memoria toda a área por onde ela passava.

- Hey, vamos voltar. - Ao ver a garota caída no chão, provavelmente havia desmaiado por medo, pego e coloco nas costas e vou em direção a cidade, já tinha pego a informação que precisava. -

- Esse lugar parece ser mais movimentado do que os outros - Digo andando pela floresta com calma, com minha foice apoiada sobre meus ombros - Mas não parece ser "tão" hostil quanto pensei que era... Eu tenho que me fortalecer para servir aos propósitos dele...

-Vamos continuar.

Caminho lentamente pela floresta, tranquilo. Me sentia bem respirando o ar limpo dali.
-Magnolia, Giukino, paramos por aqui.
Acendo uma luz pequena em minha mão e parto em busca de alguns gravetos, além de derramar uma trilha de fagulhas onde eu passo. A noite estava escura na floresta.
-Montem a barraca com as nossas capas.
Começo a catar os pequenos pedaços de madeira seca do chão para fazermos uma fogueira. Depois disso, guardo a lenha recolhida em um embrulho de pano e começo a colher as pinhas maduras dos pinheiros para comermos. Termino e volto.

-Sim!
Obedeço Milyan, logo monto uma tenda com as nossas capas, cobrimos o chão com folhas macias para dormirmos ali. Saco minha espada e ando em direção à Milyan, então começo a canalizar a energia quente nesta.
-Pinhão assado!? Que delícia!
Relembro dos tempos na vila dos elfos, quando comia pinhões assados e cozidos da floresta fria.

Monto uma base de gravetos. Saio dali e recorto um paralelepípedo de argila.
-Aqui assaremos os pinhões.
Jogo a pinha no chão com muita força, fazendo-a partir. Começo a catar os pinhões bons e deixando as falhas perto da fogueira, para que sirvam de lenha para a mesma.

Canalizo a energia de fogo na ponta da espada, fazendo jorrar um jato de fogo. Seco o bloco de argila que Milyan tinha cortado, fazendo uma tábua de cerâmica perfeita para assar os pinhões que este estava catando. Também lanço um feixe chamuscante nos gravetos, nada forte, para queimarem lentamente. Posiciono a tábua de cerâmica sobre a fogueira e coloco os pinhões que Milyan já havia separado para assar.

-Magnolia, os pinhões estão prontos. Vamos comê-los logo! Arranje uma rocha, vamos macetar a casca dura para comer o conteúdo.
Tiro os aromados pinhões perfumados da forma da qual estavam assando, deixo sobre algumas pedras e começo a macetá-los, afim de quebrar as cascas duras que não são comestíveis. Tiro todas as cascas e aproveito-as para fazer mais fogo. Delicio-me com uma das crocantes sementes de pinheiro que tinha assado, com aquele sabor único e inconfundível.
-Isso está uma delícia! Experimenta!

Aceito o pinhão de Milyan. Coloco lentamente na boca, para ir esfriando, já que estava muito quente.
-HUM! Que delícia! Vou pegar mais!
Pego alguns pinhões e vou degustando. Seu sabor é tão bom que não dá vontade de parar de comer.
-Giukino, aceita um?

Destraido com o ambiente do local, logo presto atenção á Magnolia.

- Uh? ...Não, obrigado.

Digo, voltando a ver o local.

-Tudo bem então.
Jogo as cascas no fogo, que aumenta.
-Parece que já amanheceu. Estamos aqui desde madrugada. Estou com sono.

- Narrador -

O fogo e barulho acaba atraindo olhos atentos, um Drow com aparência adulta, uma cicatriz no olho direito que descia em diagonal, segurava 2 adagas e tinha um cabelo curto descabelado para cima, corpo atlético aparentava ter 1,68 de altura.
- Hey crianças, me deem tudo e eu não faço nada com vocês - hehehe - * O Drow abria um sorriso de canto no rosto observando o grupo *

Spoiler:

-Hihihi, parece que temos companhia. Gosta de runas?
Canalizo a força do vento na lâmina de aço de minha arma e começo um tornado em minha volta, então, lanço-o, com a intensão de rasgar o Drow que ali estava em pedaços minúsculos.

-Posso te ajudar, Magnolia. Minhas fagulhas de luz podem causar grande dano.
Concentro energia luminosa, penso em uma oração e então materializo a luz em forma de esferas luminosas, então lanço-as contra o Drow.
-Pense duas vezes antes de atacar alguém.

A força de Milyan se junta com a de Magnolia, formando assim um ataque realmente efetivo. O drow tenta se desviar, mas ainda assim leva um bom dano. Este se camufla entre a vegetação do local e tenta atacar sorrateiramente Magnolia por trás, e este consegue.
-Dê-me seus pertences ou acabo com a vida desta elfa.

-Argh! Seu maldito! Sabe que isso não vai funcionar, o meu poder dos ventos ainda está ativo!
O vento que estava em minha volta começam a girar, com o intuito de dilacerar os braços do Drow.

-Eu vou te ajudar, Magnolia.
Materializo o fulgor em forma de uma brisa, então a mando para se misturar com o vento de Magnolia, dando assim um impulso para a magia desta.
-Pode não saber, mas convivemos por muito tempo em uma caverna, numa ilha deserta. Sobrevivemos de frutos e peixes. Mas, aprendemos também uma maneira de estudar e ampliar a nossa capacidade mágica. Você não vencerá.