Bar Dez Olhos

Dava uma pausa e começava só a beber, encarando o ar.

Tento me soltar do homem, tentando também avançar na garota para comer sua carne.

Continuo a socá-la com força, agora já criando ferimentos avançados em sua face. Seguro-a pelo braço, e a arremesso longe. Decido deixar de atacá-la, por agora, pois já estaria ferida demais, e não conseguiria ferir alguém a menos que em furia total. Reentra no bar, procurando novamente pela mulher que dava missões: Pede para que ela lhe dê uma, pois precisava de mais dinheiro logo logo: o seu estava ficando curto.

Continuo a tentar ir em direção a garota, precisava de carne.

Dava os últimos goles de meu suco, o lanche já havia acabado, estava satisfeita. Coloquei o copo no balcão e me despreguicei, finalmente minha perna não doía mais e eu estava pronta para mais uma missão.

Depois de terminar o rum, terminei a comida e me levantei, estralando o pescoço. Olhei para Samael e já perguntei.
- Tem mais alguma missão ? -

-Tenho, porém essa será fácil, apenas levem esta encomenda para o dono, em segurança.

Entrega uma caixa para o rapaz.

-É algo realmente valioso.

- E quem seria o dono dessa caixa? - Disse pegando o objeto da mão de Aaron, observando suas extremidades.

-Ele vive na floresta perdida.Olha para a garota e entrega a ela um papel.- Mais informações no papel.

Levantei-me e sorri ao ver que minha perna sequer doía. - Bom, eu posso cuidar disso sozinha. - Disse pegando o papel. - Até breve. - E me retirei do bar, seguindo na direção da floresta.

Cheguei no bar bem rápido e subi direto para o quarto. Precisava urgentemente de um banho. Assim que entrei no chuveiro, pude ver a água com um tom avermelhado, culpa de todo o sangue que estava seco em meu corpo. Fiquei ali por algum tempo e depois que sai, fiz um curativo em minha perna e sentei-me na cama para descansar. Quando estava pensando em dormir algo inundou minha mente, então ajeitei-me na cama e um pequeno circulo de magia se abriu em meu colo. Do circulo surgiu um grande livro, que até então estava lacrado. - Tenho que pensar numa maneira de abrir isso. - Murmurei para mim mesma.

Depois de ter dormido, sentado no balcão e apoiado, a cabeça, com as mãos. Acordo, dando algumas piscadas nervosas e subo, com intenção de lavar meu rosto. Saio do bar, mas sem antes dar tchau para Samael e avisa-lo aonde estaria, caso precisasse.

Abri meus olhos, estava dormindo em cima do livro, qual se encontrava ainda fechado. Pisquei algumas vezes e cocei o olho. Logo me sentei e voltei minha atenção ao livro, coloquei uma mão na parte de cima e outra de baixo do objeto, usando cuidadosamente a gravidade para puxar ambas as capas para cima e para baixo, respectivamente, em busca de qualquer progresso em deslacrar o livro.

Bufei ao ver que não havia progredido. Olhei para o teto, ja ficará bastante tempo naquele lugar. Levantei-me e peguei a foice, colocando no lugar de sempre. Desci as escadas, passando pelo bar que se encontrava vazio e sai do mesmo.

O Barman observa o bar quieto.

Percebo que havia passado muito tempo " a par" de qualquer movimentação ali, logo saindo de meus devaneios e desencostando-me de onde estava. Puxo Augustus pelo braço para fora do local;

- Não há oque fazer aqui. - falei seca, um tanto mal-humorada - Vamos para Mayek, antes que eu invoque um capeta pra destruir tudo aqui. - faço um movimento, abrindo um portal e entro neste, o fechando após o rapaz acompanhar-me.

Acompanho a Soberana, atravessando o portal e voltando para Mayek.

- Eu disse que deveria ter causado algo desde que chegou aqui. - Saio revirando os olhos. - Me escute da próxima vez.

O jovem rapaz de pele pálida adentra ao bar observando sua volta calmamente de forma despreocupada.

- Espero não estar perdido ...

Abro um dos olhos, erguendo a cabeça da mesa e soltando um bocejo baixo. Vejo que a movimentação estava quase inexistente e que o rapaz que estava me acompanhando já não estava mais por ali. Me ergo, observando o garoto extremamente branco;

- Oi? - chamo-o, fitando-o curiosa.

O jovem olha ao redor e para perto da garota.

- O-Olá! - Desvia a atenção para a mesma - Onde exatamente estamos?

- Uhm... - fico pensativa, tentando me lembrar onde estávamos - Aah, aah~! Estamos na cidade de... Eterna, num bar. - respondo-o, arqueando a sobrancelha - Não sabes oque fazes por cá?

- O que? Aah, saber eu sei mas achei que havia me perdido. -
* Procurando algum balconista *

- Entendo. - murmuro, deitando novamente a cabeça na mesa, fechando os olhos.

- Você está bem? - questiono-a. sentando na cadeira a sua frente.