Zh'étin - Castelo

Ao sentir a mesma desfazer o toque de nossos lábios, fitei seus olhos cor de Safira, e então escutei suas palavras, fechando os mesmos, e apoiando minha cabeça sobre as mãos da mesma, de forma carinhosa, lhe dizendo

- Eu também te amo.. De verdade..

Abro os olhos, fitando-o próximo a mim mordo os lábios e faço uma careta infantil, para segurar as lágrimas que se acumulavam no canto de meus olhos ao ouvir as palavras do rapaz.

Respirei fundo, sentindo várias coisas ao mesmo tempo - corpo tremer, coração acelerar, as bochechas queimarem, respiração ficar irregular, a cabeça girar -, me afundando em vários pensamentos, desisti de tentar segurar-me e o abracei, encostando a cabeça em seu peito, querendo ouvir os batimentos dele. Queria saber se o coração dele agia de forma semelhante ao meu.

Ao ver a garota colocar sua cabeça, a mesma sentiria um batimento que estaria muito mais acelerado que o do tal. A diferença entre ambos, é que Henry não demonstraria as tais emoções de tal, podendo controla-las facilmente. Assim, a respondi

- Consegue ouvir meu coração?..

- C-Consigo... - sussurro, virando o rosto para cima, corada. - R-Rápido... - aperto os braços ao redor de Henry, fechando os olhos novamente.

Dou um sorriso á tal, como retribuição de sua resposta; E então, lhe dei um beijo em sua testa, dizendo-lhe

- Não está muito diferente do seu, não é?

Coro um pouco com as palavras dele, sorrindo brevemente. Aproximei meu rosto do dele, encostando os lábios carinhosamente sobre os de Henry, num leve selinho, me afastando depois com o rosto quase roxo de vergonha.

- É-É... - gaguejo, tomando a mão dele entre as minhas e encostando-a em meu peito, fazendo-o sentir o coração de ritmo irregular e acelerado que socava em meu peito.

Dei um breve sorriso, até que corei fortemente ao sentir minha mão ser encostada no peitoral de Annie; Em instantes, voltei a controlar minha vergonha, e lhe dei um sorriso, ainda com a face avermelhada, e me aproximei levemente da tal, lhe dando um beijo na testa.

Sorrio levemente e arregalo um pouco os olhos ao vê-lo corar. Coro em seguida e deito minha cabeça em seu peito, suspirando. Me sentia novamente cansada. Aperto o abraço, com um pouco de medo.

Fito a mesma deitar sua cabeça sobre o peitoral deste, e então, com um pouco de dificuldade, deitei-me sobre o espaço restante na Cama, e acomodei Annie em cima de mim, assim dizendo-lhe

- Já está cansada denovo?..

- Apenas um pouco tonta... - murmurei, corada pelo fato de estar deitada em cima de Henry.

Me encolhi em seus braços, escondendo o rosto em seu peito enquanto com a mão esquerda desenhava espirais em seu peitoral com a ponta dos dedos, um leve carinho.

- Então, por que não dorme um pouco..

Digo, enquanto posicionaria minha mão direita em cima da mão esquerda da tal, entrelaçando nosso dedos, enquanto posicionei minha mão esquerda sobre a cabeça da tal, fazendo-lhe um gentil carinho.

- Me sinto um bicho-preguiça. - rio baixinho, corando quando sinto meus dedos se entrelaçarem com os dele.

Continuo a fazer espirais no peitoral dele, logo me erguendo um pouco e encostando as costas da mão em seu rosto, afagando-o enquanto o olhava fixamente nos olhos, coro novamente e respiro fundo.

Escutei as palavras da mesma, e dei uma baixa e pequena risada do que sentia, mas logo voltei á fita-la profundamente em seus olhos, com um sorriso na face; Não resisti, e então acabo deixando um bocejo escapar, onde digo

- É, acho que não é só você que está cansada..

Rio baixinho, novamente me deitando em seu peito novamente, me encolhendo ali enquanto o abraço. Bocejo levemente e beijo a bochecha de Henry, corando em seguida.

- B-Boa noite? -olho para fora da janela e para Anne deitada ali, - se ela acordar, eu cuido dela... - murmuro, fechando os olhos, quase pegando no sono.

- Boa noite.. Se quiser, pode dormir também..

Digo, aproximando-me da mesma, e lhe dando um rápido "selinho", em seguida fechando meus olhos, e dormindo.

Coro om o selinho e respiro fundo, deito minha cabeça em cima do peitoral do rapaz e seguro delicadamente a mão de Anne, arrumando a coberta em cima dela. Logo fecho os meus olhos e pego no sono.

Reparo em um alçapão que estava "camuflado" por uma vegetação meio densa, me dirijo até ele.

-Deve ter algo interessante para se ver após esse alçapão.

Vou até o alçapão e o abro, pulo para dentro do mesmo puxando o alçapão de volta para fecha-lo assim que eu entrei.

-Não vou perder nada mesmo.-Sussurro me escondendo nas sombras, para caso houvesse um monstro ali eu não fosse notado.

Tampo ligeiramente os ouvidos e vou em direção ao túnel esquerdo, andando sempre nas sombras, deixo meus olhos escarlates para ver melhor no escuro e relaxo levemente, mas sem deixar a guarda baixa, meu manto se transforma em minha capa, minhas presas aparecem, minhas unhas crescem lentamente como garras, meus dentes se transformam todos em presas, como as de um tubarão, porém organizadas e arrumadas.

"-Não posso mais fazer nenhum barulho."-Penso extremamente atento ao local que eu estava.

Ao ver que ela concorda, consinto com a cabeça, ainda olhando as novas peças.
 
  Depois de um tempo, dou um passo à frente, descruzando meus braços à partir do momento em que os mesmos se abaixam para agarrar itens da caixa.

   Uma mangueira, um bico de torneira, um pequeno compressor de ar e o que parecia ser uma pequena lata de gás butano, provavelmente usado para reabastecer os maçaricos usados para a solda da embarcação, infelizmente, não tínhamos recuperado nenhum.

 Com esses à mão, me distancio da caixa, andando até a parte onde os itens mais pesados estavam. Haviam 4 tubos de gás oxigênio. Agarro um, e, após fazê-lo, vou até Khatryn, abaixando-me a seus pés e colocando todos os itens, separados por alguns centímetros, no chão à sua frente.


- Faça as honras. - Sorrio, levantando-me e a olhando.

Conforme o vampiro seguia pelo túnel, as paredes do mesmo pareciam terminar por ali, dando lugar a pedra bruta que compunham o inicio de uma caverna. A partir daquele ponto, para aqueles que tinham um olfato mais apurado, o cheiro de carniça poderia ser sentido sem muita intensidade.

Alguns sussurros se faziam presentes por entre o barulho de uma goteira que ecoava ritmada pela caverna.

Quando Caedum finalmente chega ao final da caverna, o mesmo se deparou com a origem do cheiro que agora estava praticamente insuportável. No chão, vários e vários corpos estavam estirados já sem vida, apodrecendo a um tempo, enquanto mais ao fundo da caverna, um grupo de ghouls se encontrava, agora percebendo a presença do vampiro.

As criaturas sem inteligência, avançaram em direção ao vampiro com o intuito de obter seu sangue.