A grande floresta

Olho para ele, solto um suspiro e um sorriso e fecho meus olhos, durmo definitivamente aconchegada, sem ligar para mais nada no mundo começo a sonhar sobre unicórnios.

Pego no sono rapidamente, respirando lentamente.

Dou um espirro, depois abro meus olhos levemente, me acostumando com a luz do local, olho para Caedum e sorrio.
Bom dia

-Bom dia Hime.

Levanto o rosto dela gentilmente e dou um selinho nela, sorrio.

-Está na hora de irmos ou vou perder o rastro daquele Drow, vamos?

O olho e me levanto espreguiçando.
-Vamos

Me levanto e ponho Shina nas minhas costas, a carregando, olho para Himea.

-Vamos.

{M.D.T -> A grande floresta pt.2}

-Vamos

[M.D.T]

Deitado no chão, as mãos de Khatryn em meu peito.

Meus olhos se abrem lentamente, a luz acendia, tão lenta quanto.
E, em um reflexo, levanto-me bruscamente, encarando confuso o ambiente ao meu redor.

- Curioso. - Eu não consigo me lembrar de como fui parar aqui. - Olho para a mulher, e para a sua armadura, o que me lembra de meu próprio corpo, meus olhos seguem as ''feridas''. - Bem, me parece que não fui de grande utilidade. - Sorrio, levantando-me do chão, minhas pernas fazem o barulho de engrenagens velhas.

- Estamos em um local bastante mais ''verde'' que o habitual. - Observo, enquanto viajava dentre a natureza que nos cercava, o que me faz perceber a pequena cabana.

- A quanto tempo você está aqui?

Afasto minhas mãos quando Hiro levanta-se e, olhando-o, me levanto. Estico os braços ao alto, espreguiçando-me.

- O castelo sofreu abalos sismicos por motivos que desconheço até o momento, alguns entulhos caíram sobre nós e foi necessário desligá-lo para que não sofresse nenhuma pâne, trouxe-o até aqui dentro da armadura. - Digo calmamente e, voltando meu olhar a ele, esboço um sorriso. - Estou feliz que não tenha-lhe ocorrido nada grave.

- Abalos sismicos, hã? - Digo, seguido de um suspiro.

Fecho meu peito, ainda aberto, e desvio o olhar para a mulher. - Fico feliz com a sua preocupação. Mas estou um pouco decepcionado com o fato de que, você, logo você, não quis saber do que se tratava a infeliz ocasionalidade que destruiu o castelo. - Falo, revezando entre tons de brincadeira, e seriedade.

- Enfim. - Dirijo-me até a armadura, colocando a mão sobre ela, analisando sua estrutura. - Talvez devêssemos voltar, só para checar. - Dou um sorriso solitário, afastando-me do robô enquanto redirecionava a atenção para a Khatryn novamente, cruzo os braços.

- O que acha?

Meu sorriso lentamente desfaz-se, estalo meus dedos e, me aproximando, fecho as placas de seu peito, encaixando-as corretamente.

- Seria ilógico arriscar-me com você desativado, assim que o castelo caiu, saíram dos escombros vermes que liberavam ácido corrosivo pelos poros de sua pele. - Vejo-o virar-se e, fechando os olhos, penso por algum tempo. - Seria arriscado, caso os ditos vermes ainda estejam lá. Mas realmente, talvez seja melhor voltarmos...

- Não, não seria melhor. Seria tecnicamente ilógico também, devido ao perigo. -

Caminho até ela, aproximando nossos rostos, enquanto a analiso, abaixando meu olho de forma à ver seu corpo, alguns longos segundos depois, a fito nos olhos.

- Só será, interessante. - Sorrio, afastando-me, caminhando até a barraca improvisada novamente, escorando meu corpo na armadura.

- Eu não sei exatamente onde estamos, então, diga voce, Khatryn. chegaremos lá até o anoitecer? - Digo, caminhando com os meus olhos dentre as árvores e escutando, com atenção, cada barulho animal, a natureza realmente me satisfazia.

Ando até a armadura que, desligada, encontrava-se como se estivesse sentada. Subo em uma de suas pernas apoiando minhas mãos em sua estrutura, abro a escotilha, analisando seu interior.

- Cheguei a este local em menos de duas horas após avistar os animais, chegaremos lá... Em torno de uma da tarde. Isto por que terei de fazer-lhe uma revisão. - Digo calmamente, virando meu rosto para Hiro.

- Uma revisão? - Tediante. - Jogo minha cabeça para trás, fazendo-a encostar na estrutura da máquina.

- Enfim, se você acha necessário, que faça o mais rápido possível. - Desencosto-me, parando com os braços abertos, como se me entregando para a mesma.

- Não existe grande possibilidade de acharmos algo útil, não útil para nós. Pelo que me descreveu, tudo não se passou de um ataque biológico. - Suspiro desanimado, esperando-a.

Navvadan passa seus dedos em seus olhos, retirando a remela do mesmo, e acordando do seu sono profundo, se levanta e procura algo para fazer.

Fecho a escotilha e, saindo de cima da armadura, ando até Hiro. Espalmo as mãos em seu peito, fazendo-o deitar-se. Sento-me no chão ao seu lado e, pondo a mão em sua testa, empurro-a delicadamente, forçando-o a ficar com a cabeça repousada no chão. Abro as placas de seu peito revisando a fiação do local e em seguida viro-me para analisar suas pernas, curiosa pelo som de engrenagens velhas que as mesmas fizeram anteriormente. Durante a dita revisão, lembro-me de uma reclamação de Hiro quanto a insensiblidade de seu corpo para com o exterior e, ainda curvada sobre as juntas de seus joelhos, esboço um sorriso.

- Tenho uma ideia interessante.

Deito-me, seguindo as exigências de sua mão.

Descansando sobre a terra, observo de canto de olho tudo o que ela fazia, atento ao seu rosto concentrado em mim.

Ao escutar o que ela diz, dou um sorriso, despertando-me de meus devaneios, deixo meus olhos livres para encarar o céu cinza.


- Agora sim você parece mais... você. O que tem em mente? -

- Lembra-se quando disse que era incapaz de sentir através de seu corpo? Tenho uma ideia de como tornar isso possível - Mantenho meu sorriso ao falar, enquanto tratava das avarias que Hiro sofrera nas articulações de seus joelhos.

Escuto atentamente o que ela diz, enquanto comparava tamanhos e formas das nuvens que se encontravam no céu, ao perceber que ela mexia em minhas pernas, ergo-me, sentando.

- Enfim, não vejo nada tecnologicamente possível em nossas condições atuais para suprir essa minha pequena luxuria. - Mas eu sou eu, não é mesmo? Diga-me o que está em sua cabeça. -

Sorrio, observando-a trabalhar em meus joelhos.

- Tenho consciência de nossa atual situação. Mas, assim que tivemos contato com maiores tecnologias... Creio que se coletar as células tronco e alterar-lhes da forma correta com auxílio de máquinas especiais, posso fazer uma réplica de uma pele funcional que seja compatível a seu sistema nervoso - Digo, me levantando e me afastando. - Tente levantar-se agora.

- Isso é conversa para depois, bem depois. - Digo ao levantar, meio decepcionado e ao mesmo tempo feliz com o que ela me dissera, afinal, esta solução demoraria muito mais tempo do que eu fútil, achei que a solução da mesma faria demorar.

Ao levantar-me completamente, dou um pulo, pousando meus pés na terra, fazendo-a se espalhar.

- De volta ao normal, sem barulhos inconvenientes. -

Dou uma nova olhada no local, analisando-o parado, por um tempo. O clima nublado fazia a floresta deprimente, com seu tom cinza.

- Vamos andando. -

Levanto-me, olhando para fora. O Tom cinzento e deprimente da floresta incomodava-me. Ando até a armadura, ligando-a e a fazendo andar para fora da barraca improvisada, olho ao redor, até identificar a trilha de pegadas pesadas da armadura.

- Por ali.

Consinto com a cabeça, passando à frente dela e da armadura, que, pela primeira vez, eu vi funcionando. Vê-la caminhar sozinha extrapolava minhas expectativas para aquele projeto, só espero que ela seja tão útil e surpreendente quanto se precisarmos utilizar da mesma em combate.

 Deixamos a barraca para trás, e, ao adentrarmos as grandes árvores, cobertas por uma neblina que mais pareciam nuvens prestes a tocar o chão, logo nos deparamos com as ruínas do castelo, ao longe.

(M.D.T https://daezusgalatea.forumeiros.com/t305p405-zh-etin-castelo )