Taberna Luz do Sol

- Muito obrigada, eu acho - digo, pegando minha maleta de volta - Desculpe, rapazes. Mas, o show acabou por hoje - jogo no chão um tipo de bolota que ao chocar-se, com o impacto, solta uma fumaça colorida da qual os cega por alguns segundos, me dando tempo para minha fuga.

- Narrador -
Os seguranças notam a movimentação suspeita de ambos, quando a bola de fumaça se choca no chão cobrem seus rostos recuando um pouco
- Vocês não vão fugir!
Ambos retiram pedaços de pau e começam a golpear para os lados, impedindo a passagem no corredor.

Noto a fumaça que a garota criava e tento passar correndo, porem vejo 2 sombras golpeando o ar.
- Ahm, droga.
Espero a garota passar por mim indo em direção a eles e dou um pulo em suas costas, pegando impulso nela e passando por cima dos dois.
- Obrigadinho!

Ao ver que o ladrão aproveitador pula em minhas costas, me indigno e puxo seu pé, interrompendo seu pulo e fazendo-o cair em cima de um dos guardas, o que provavelmente fez aquele ficar inconsciente.
- Você fica, filho da puta! - dizia, enquanto passava por debaixo das pernas do segundo guarda que estava desequilibrado, porém ainda em pé, visando finalmente chegar no corredor.

- Narrador -


O guarda toma uma súbita batida na cabeça do corpo do Ladão e acaba desmaiando, o outro vê a garota passando por suas pernas com os olhos lacremejando e se vira batendo com o pedaço de pau nas costas da mesma.
- Você não vai fugir eu disse!

Noto que o guarda iria bater na garota, quando ele levanta o pau para dar o golpe eu o retiro da sua mão e dou um golpe horizontal no lado direito de sua cabeça visando desmaia-lo.
- Maldita pobre de araque, você quase me desmaiou ali!

Vendo o guarda desequilibrado com a pancada, chuto-o -mesmo que ainda no chão- no local "onde dói mais" (Se é que me entende...) com raiva por ter quase sido atingida pela segunda vez, visando assim finalizar o trabalho do garoto de desmaiá-lo.
- Você mereceu - digo calmamente, me levantando e limpando meu vestido.

- Narrador -

O guarda defende a paulada com a mão e se vira, quando ia socar o garoto toma um golpe repentino que o faz cair no chão. A passagem do corredor é liberada e a fumaça se esvai.

Me agacho e olho os bolsos de ambos, achando algumas poucas moedas.
- Eu mereci? hahaha Não fiz nada mais que o que deveria senhorita. - Dizia me levantando e batendo as mãos na calça, após isso levanto minha cabeça e fico a fitando. - E então?

- Então? Temos que dar o fora daqui sem sermos percebidos - "Usarei ele como isca para sair. Se algo acontecer, capturam ele e eu fujo" - Vamos! - abro minha maleta e pego uma capa de dentro dela, visto-a escondendo o vestido, então pego uma máscara que lembra o rosto de um palhaço e coloco-a, com a intenção de não ser reconhecida. Passo a caminhar de modo silencioso em direção ao primeiro andar ao lado do ladrão de modo silencioso em direção ao primeiro andar.

- Ah aham -Dou uma pigarreada tentando chamar-lhe a atenção - Você está agindo normal demais pra alguém normal... Você está bem com tudo isso Mary?

"Que merda, que merda! Ele não pode perceber! Vai estragar tudo... Preciso reconstruir a visão de inocente que ele tinha de mim!" planejo "Ahh! Foda-se, agora já foi, ele viu o que eu fiz com meu cetro e tudo mais... Preciso de outra tática" raciocino.
- Não é que eu esteja bem, Rivaille. Mas decidi que seremos parceiros a partir daqui, ok? Nós entramos numa enrascada juntos, sairemos dela do mesmo jeito! Se algo acontecer com você, eu te ajudo e visse-versa! - sorrio para ele, mostrando entusiasmo.
"Por favor, isso tem que funcionar!" imploro mentalmente.

- Ahm, seu nome não era Molly? - Digo com um sorriso no rosto -

Paraliso. "Mary, Molly. Tanto faz, garoto! Apenas siga com o plano"
- Eu tenho dois nomes, na verdade. Imagino que eu só tenha dito um deles, não? Eu não notei você me chamar por Mary, pois estou acostumada com alguns parentes dizendo este nome. Meu nome inteiro é: Maryane Monolly. Eu digo Molly por achar mais bonitinho, apagando o "no". Haha! - disfarço.
"Será que isso vai colar? Eu disse por impulso, que merda!".

- Ah... Entend - Me interrompo - Se for só seus parentes que lhe chamam assim, como diabos você não estranhou eu falar? E ainda, você está agindo normal demais ignorando eu tentar lhe roubar, batendo em guardas e usando um bastão com lâmina, teleportanto... Alem disso tudo, você também tem bombas de fumaça, ninguém normal anda com bombas de fumaça! - Não acredito, quase acreditei... O nome ficou tão bonito que eu quase cai nisso tsc. -

"Palhaços amaldiçoados! Este garoto não desiste!" penso "Bem, se eu continuar daqui vou passar despercebida. Acho que não preciso mais dele". Sendo assim, vou andando calmamente até a porta da Taberna, ignorando o imbecil que fica para trás.

- Narrador -

A toma da taberna nota a demora dos rapazes e vai até as escadas para subir, lá encontra uma menina sozinha descendo que não havia visto pegar chaves.
- Hey mocinha com a mascara, é melhor você não tentar nada engraçado, venha comigo por favor. - Dizia em um tom ríspido -
Outros homens que estavam por lá se levantam, ao todo 4 para auxiliar a dona da taberna a parar a malandra, provavelmente frequentes do bar ou amigos da mesma.

Vejo a garota descendo e a sigo mais atrás "Ela vai ferrar tudo tsc".

Vejo a moça que me repreende e os homens atrás dela. Tiro a máscara, mostrando um rosto belo e inocente à eles.
- Sim, senhora... - me aproximo da dona e vou até perto de seu ouvido - Ei... Me ajude, por favor... Aquele cara... Ali atrás... Aquele cara atrás de mim está me seguindo! E-Estou com medo! - seguro os ombros dela com convicção, trêmula, passando o ar de pavor real o que faria a dona automaticamente procurar por ele - E-Ele roubou a chave de um quarto... Então tentou me levar até lá... Por favor, preciso de ajuda! - continuo o teatro, incriminando-o.
"Eu só disse verdades... Em partes. Hehe".

- Narrador -
A atendente cai na encenação e da um abraço na garota, como se fosse sua filha e olha para o topo das escadas, notando a presença do homem mascarado
- HEY VOCÊ, DESÇA AQUI AGORA SEU MALDITO!
Os 4 homens se aproximam envolta da parte que desceria a escada mas ainda deixando espaço.

Desço as escadas tranquilamente fitando todos presentes " Eu disse, ela ia fazer merda "
- Pois não?

Ao ver que ele se aproxima, abraço mais a mulher e passo a chorar.
- Ele vai me pegar! Ele vai me pegar! - grito desesperada - Me ajude, por favor! - continuo.
"É o preço que se paga por não seguir os planos, ladrãozinho de araque".

- Narrador -

O que você pretendia fazer com esta doce garota, seu maníaco?! Eu vou chamar a policia, você está encrencado, melhor não tentar nada!
Os outros 4 homens se aproximavam fazendo uma "roda" envolta do ladrão enquanto a garota estava nos braços da atendente.

- Hã? AHAHAHAHAHA - Começo a rir meio abafado por causa da mascara - Eu uso uma mascara, ela também... Ambos no mesmo quarto e ela não descia como alguém preocupada, por favor... Minha cúmplice conseguiu lhe enganar tão facilmente? Ai ai, ela ficou braba comigo porque eu quis dividir o dinheiro que ela pegou do seu balcão e está nessa birra... Que situação constrangedora. - Dizia em um tom sério porem descontraído as vezes. -

Por alguns segundos sinto que não devia estar tão perto da atendente. Empurra por impulso e pulo para trás numa manobra que me deixou uma certa distância de todo o grupo, o que me deu vantagem.
"Não sou tão rápida, se eu correr me pegarão" penso "Fazer algum portal seria arriscado, pois já fiz um que me deixou algumas sequelas de cansaço" .
Pego meu cetro e o ativo novamente, fazendo aparecer a lança. "Hora de brincar".