Taberna Luz do Sol

- Prefiri ficar fitando-a dormir.. Por segurança.

Lhe respondi, dando-lhe um sorriso; Me espriguiçei, esticando meus braços para cima.

Coro um pouco, ponho a mão na nuca. Me viro e, escorando-me no parapeito da janela, dou um sorriso amarelo.

- Perdoe-me pelo que aconteceu ontem... - Digo baixo.

Fiquei a fitar a tal nos seus olhos; Deixei um bocejo escapar, e em seguida, lhe dei um sorriso, respondendo-lhe

- Não se preocupe.. Acontece.

Fecho os olhos e, me desencostando da janela, ando até ficar atrás do mesmo, pondo as mãos em seus ombros.

- Bom, agora é sua vez ~

Estranhei o ato da tal, e então olhei para trás levemente, fitando-a nos olhos, com uma cara de estranhamento, e lhe disse

- Minha vez do que?

Solto um riso, empurrando-o levemente,

- De dormir

- Huh..

Voltei a fita-la, desta vez com uma expressão de surpresa, mas sem intenção de representa-la. Dei uma baixa e silenciosa risada, e lhe disse

- Não se preocupe.. Estou sem sono.

- Uh, certeza? - Saio de trás do mesmo e, andando até a porta, a abro, encarando o corredor. Um tanto curiosa pelos sons que havia escutado anteriormente.

- Sim, eu ficarei bem assim..

Lhe disse, soltando um suspiro, assim fitando-a, lembrando-se dos barulhos que ocorreram ontem - O que teriam sido eles?

- Está bem, então... - Me viro para ele e dou um sorriso - Eeh, deveriamos descer para comer algo,arranjar vestimentas decentes e depois arrumar algo para fazer, ficar o dia todo em um quarto é entediante

- É verdade..

Digo, me levantando da tal cadeira, assim caminhando até o lado de Garth, colocando minha mão gentilmente sobre a da tal, e lhe puxando gentilmente até a escadaria, e descendo a tal.

Olho e, sentindo o puxão, sigo-o pelas escadas.

Saio da fenda exausta e me apoio em uma das paredes para não cair. Sigo andando  até chegar à um balcão, avisto uma mulher e lhe pago para que eu possa descansar em um dos quartos. Subo as escadas, e já com a chave em mãos, abro a porta do meu quarto. O dinheiro gasto valeu a pena, pois o quarto era bastante aconchegante.
Tomo um banho demorado, troco de roupa, tranco a porta e durmo por algumas boas horas. Depois de descansar bastante eu me levanto e me arrumo para sair. Com a minha foice em mãos saio da Taberna.
M.T.D Floresta de Pinheiros

Encontrei a Taberna Luz do Sol que seria um bom abrigo para os chuviscos que caíam do lado de fora. Quando fui adentrar o lugar, uma garota que se chocou contar mim e nós quase caímos no chão. Ela estava em alta velocidade. Será que ela estava fugindo de alguém?
- V-Você está bem? - Indago um pouco atordoado e olho no interior da sua íris. Nesse momento sinto uma energia fluir por meu corpo.
Encosto as mãos na sua face e um pouco lerdo pergunto:
-É você? -Sorrio gentilmente.

Chego correndo à Taberna e acabo esbarrando em um rapaz que parecia que iria entrar se eu não houvesse quase o matado de susto. Ouvi sua primeira pergunta e respondi:
- Sim, eu estou bem... Desculpe-me... - Notei que o garoto me encarava constantemente e fiquei com um pouco de medo. Seguro minha foice e espero sua reação. Quando noto que sua mão toca meu rosto, a expulso com um tapa e coloco a foice no alcance de seu pescoço.
- Como assim "É você?"... O certo seria EU perguntar quem é VOCÊ!? E O QUE PENSA QUE É PARA SAIR TOCANDO O ROSTO DE GAROTAS QUE MAL CONHECE! - Exaltei-me deixando uma vermelhidão transparecer em meu rosto.

Observo a reação da garota que agora o rosto se encontrava em um vermelho um pouco rosa. Percebendo que a deixei assustada, comento:
- E-eu, me desculpe.. Eu a assustei muito? Eu só achei que poderia ser você a garota a qual estou destinado! O mestre Perith disse que eu saberia.- Falo ainda sorrindo.

" Ele é problemático" penso.
- Olha, deve ser algum engano rapaz. - Digo ainda coma foice por de volta de seu pescoço. - Ah... Venha, o frio deve estar afetando os seus neurônios. - Murmurei e o puxei para dentro da taberna visando que ele me explique essa história de "Perith" e "Destinado" direitinho.

Vejo a garota me puxando e não resisto. Já dentro da Taberna, sento-me em uma das cadeira e a observo fazer o mesmo.
Explico para ela toda a minha história e me apresento.
- Eu sou Caleb Bailey, e eu existo para ajudá-la na sua meta de vida. - Digo com animação.

Sento-me à cadeira e ouço toda sua história atentamente.
- Caleb... Você pelo menos sabe qual é a minha meta de vida? - Digo desconfiada.

Ouço a pergunta da garota e observo a sua expressão contrariada.
- Na verdade não. - Digo e abro um sorriso sincero e divertido. - Mas... Eu senti aquela... coisa. - Pego em sua mão. - Quando olhei fundo em suas íris.

"Na verdade não" ele disse e parecia nem se importar com isso...
Caleb fala sobre o que "havia sentido" e fico assustada quando ele toca em minha mão. Estava tão frio lá fora, mas sua mão estava quente. Afastei rapidamente minha mão em um impulso.
- Não, sinta nada e fique longe de mim. - Digo e me levanto indo em direção ao meu quarto. - Foi engano seu.

Vejo a garota afastar-me novamente e levantar. Logo, levanto e seguro sua mão para que ela não se vá.
- Mestre Perith disse-me que eu saberia quem seria a garota do meu destino... E por algum motivo... - Digo balançando de leve a cabeça. - Eu sei que essa garota é você! O que eu senti não foi uma coisa carnal... Nem que eu quisesse, afinal, eu tenho interesse em... Outras coisas... - Falou sentindo o meu rosto queimar. - Mas isso não vem ao caso! Eu preciso ajudá-la! Você é a garota... Eu tenho certeza. - A puxo e aproximo-nos para que ela olhe em meus olhos. - Eu não estou mentindo!

"A reação de Caleb me deixou pasma. Eu não sabia em que acreditar. Será que aquilo que ele disse é verdade?" penso.
Vejo que estamos muito próximos e não consigo evitar de ficar envergonhada. "Por que um estranho insistiria tanto? Será que eu sou a garota de seu destino?" Pergunto-me em pensamento.
Com a nossa súbita aproximação, acabo olhando fundo nos olhos do rapaz que eram de um azul tão bonito que acalmava e mostrava determinação. Ele falava a verdade e eu eu tive certeza - talvez tanto quanto ele - que eu era... a garota.
E no final, mesmo que se eu não acreditasse, ele não parecia o tipo de pessoa que desistiria tão fácil e também, não é tão ruim ter alguém para me servir.
- Ahn... Eu me chamo Win. - Digo e nos afasto um pouco.

Abro um sorriso animado e suspiro aliviado.
- Ainda bem que você acreditou... Achei que me acharia um insano. Win? Win! Seu nome é lindo! - Vou abraçar a garota, mas noto que isso poderia não sei algo muito adequado pela nossa falta de intimidade.

Vejo a reação do rapaz e penso: "Eu ainda te acho insano."
- Tsc... Agora venha, se quer me ajudar na minha meta de vida você terá que treinar muito. - Digo e solto uma leve risada. - Vamos? - Indago.