A grande floresta. pt3

Dou uma risada curta e então faço um comentário baixo, querendo que ela ouvisse, mas com vergonha.
- Aliás... Você cresceu muito bem -
Sorrio, maliciosamente.

- Se você não quiser um tapa na cara seria legal não falar isso - Vira a cara pro outro lado.

- Agora estamos falando a mesma língua, Drow – digo, dando um sorriso de canto – Por onde começamos? – pergunto.

- Estou afim de comer peixe, acho que nesse rio tem... Na batalha no mar, não podia fazer muita coisa, deve ser interessante caçar peixes no seus próprio habitat, alem de melhorar o físico posso melhorar habilidades embaixo da água, topa?

- Hum... Peixes? - pergunto, pensando nas possibilidades- Mas é claro! – concluo, um pouco animada. Seguindo Alduin até nosso destino.

Largo minhas 2 espadas do titã ficando apenas com a morte e pego uma adaga no barco, pequena e afiada, então tiro minha armadura e mergulho no rio pulando do barco, prendendo a respiração e nadando para baixo, procurando os peixes que estariam mais longe da superfície por causa do barulho da chuva.

Continuo com o mesmo tom da risada e então lembro do colar que o Hastur teria dado para mim, logo tiro no bolso e me levanto.
- Esse colar, um Abyss One... Lembra deles das historias do papai ? ... Enfim, ele me deu para dar à você, eu não sei o que ele faz, mas descobriremos em breve -
Digo e então me agacho, atrás dela, para botar o colar que era redondo, com umas imagens, não muito extravagantes, de tentáculos de um polvo formando um lobo uivando e uma corrente que possuía uma cor prateada, mas não era de prata. Logo abro a corrente.
- Não importa o que você fale, você vai usar ! -
Dizia, birrento e então botava nela, novamente sentando e olhando o seu colar.

Arruma os cabelos na nuca pra ficarem por cima da corrente.
Sorri.
- O herói das histórias do papai me deu. Eu irei usar. Sempre.

Fico perdida com o que Alduin está fazendo, não costumo caçar peixes, mas divirto-me quando caço. Usando uma tática parecida com a do Drow, mergulho no rio e me deparo com um peixe relativamente grande, que se aproxima em certa velocidade.
“Esse é meu” decido. Sem muita cerimônia, manobro meu corpo e cravo a espada no peixe o mais ágil que posso - uma vez estando em baixo da água-, e assim tingindo a água com o sangue do animal. Volto à superfície e o largo no barco rapidamente. “Agora, o próximo” penso, mergulhando novamente.

Começo a golpear na água para me adaptar e então tento concentrar um pouco de aura abaixo do meu pé, podendo andar na água, me aproximo de um cardume e finco a adaga em 3 atuns, saindo de lá com eles e largando no barco.

Noto Dem se virando e então olho para ele, vendo que ele tentava falar pergunto.
- Ainda não está totalmente saudável ? -
O ajudo a levantar e o boto com o braço atrás de minhas costas, para ajuda-lo a andar.
- Vamos comer algo, vai que isso ajuda -
O levo para a cozinha e então preparo o mesmo prato que tinha preparado para Alduin e Victorique, boto na frente dele e me sento ao lado dele.
- Fiz isso a algum tempo, mas não tá tão ruim, ainda -

-Ob... - Estava com dificuldades, então não conseguiu concluir a palavra. "Obrigado".

- Não tente falar, só coma -
Falo, o olhando.

- Tahh... - Sentou-se numa cadeira, inclinado para baixo.


- I-Isso e-está bom... - Disse, tremendo enquanto comia o quê Marcus havia servido para ele.

Anne acordou com uma tremenda dor de cabeça. Com os olhos semicerrados, analisou o local e sorriu de canto.

- Onde raios eu estou? - Falou, confusa.

Saiu no corredor e começou a andar por ali, sem rumo. Ouvia vozes mas não sabia de onde vinham.

- Onde será a cozinha? - Resmungou baixo, com as mãos na barriga.

- Anne? - Disse, ofegante, ao sair da cozinha.

- Dem... - Olhou pra ele - Está bem? - Perguntou preocupada.

- S-Sim... - Respondeu corado, se aproximando dela e dando-lhe um abraço. - E você? - Disse com dificuldades.

Corou fortemente e ficou sem reação.

- B-B-Bem - Respondeu com a voz um pouco aguda - V-V-Você não parece n-nada bem...

- Mas você está aqui, certo? ... - Retrucou, abrindo um sorriso. - Então eu estou melhor do que nunca. - Apertou-a.

- Droga, v-você está realmente doente. - Sorriu - Onde é a cozinha? Estou com fome... - Murmurou, envergonhada.

- É... Estou. - Disse ele, soltando-a.

- Obrigada - Falou e se dirigiu até o lugar para onde ele apontou, parando no meio do caminho e olhando pra trás - Vai ficar aí?

Preciso me recuperar antes de voltar à velha rotina... - Disse ele, fitando-a e se aproximando dela novamente. - Teria como você me ajudar, Elfa? - Questionou-a, sorrindo maliciosamente.