A grande floresta. pt3

- Grrr – rosno – Posso fortalecer-me sozinha ao longo do caminho... – teimo.

- Bláblá, Sabe quem é ou não?

- É, realmente pode se fortalecer sozinha... Mas você não entende que poderia ser realmente muito fácil com nós dois te ajudando ? -
Falo, ignorando a pergunta de Alduin e o cortando, logo olhava para Alduin com uma cara que parecia dizer " Espere ela se acostumar e então você pergunta ".

Ao ouvir o que Marcus diz, percebo que não seria má ideia, pois pelo o que parece - por algum diabo de motivo- eles estão dispostos a ajudar... Então finalmente respondo:
- Descobri há um tempo, na verdade... – dou longa pausa em seguida – Seu nome é Dantas.

O Drow que estava inclinando a cadeira acabará por cair após ouvir o nome, então se ergue sério olhando para Victorique
- Você deseja matar ele? Desculpe... Não será possível, ele já é meu alvo.
Dizia em um tom sério, com olhos distantes porem assustadores de certo modo.

Chega tentando se esconder atrás das árvores, se perguntando quem diabos poderia chegar de navio ali. Fica um pouco longe pra não ser percebida, mas fica observando atenta para descobrir algo dali mesmo.

- Como é que é? – pergunto, ignorando o modo como reagiu.

- Bem, somos "irmãos" de longa distância, pessoas que seguiam "ele" de algum modo doentio mataram pessoas importantes para mim... Bem, não existe mais essas ceitas, porem eu ainda não consegui matar "ELE", mas olhe o lado bom, sua vingança será cumprida, só que não por suas mãos.
Dizia em um tom arrogante.
- Se quiser pode me seguir e ver eu matando ele, acho que seria justo deixar você pelo menos ver hahaha.

- Há, parece que temos um impasse aqui -
Deixo as coisas secando em um compartilhamento e saio, dou um tapas nas costas de Alduin e então saio, dando um sorriso para Victorique.
- Vou deixar que se entendam em paz -
Vou até a ponta do barco e me sento, olhando a floresta.

Percebe um movimento fora do navio e estreita os olhos pra ver melhor.
Ela só conseguia ver um.. homem. De repente aquela mesma sensação a acertou como um tiro. Aquela mesma sensação que sentira quando seu "herói" apareceu. Outra vez, ela não sabia de onde aquilo vinha, nem como.
[ Como posso ainda me lembrar daqueles olhos me dizendo que iam voltar? ... ]
Não se deixa levar pelo sentimento porque não tem tanta certeza do que vê. Parece tão longe.
Tenta se aproximar mais um pouco, mas cai e fica estendida no chão, entre as árvores, ainda encarando aqueles olhos.

“Pense o que quiser” penso, mas ao perceber que ele fala sério decido não dizer. “Não tenho força o suficiente para matá-lo ainda, realmente... Talvez possa usar esses caras como degraus para me vingar...” raciocino, esclarecendo algumas coisas a mim mesma.
- Talvez eu possa acompanhá-los por um tempo – respondo, mudando minha atitude.

- Hunf, nada contra. -Dizia soltando um suspiro e voltando a me sentar- Vou descansar um pouco e depois vamos conhecer o lugar melhor, certo Marcu- Antes de terminar, vejo que Marcus não estava mais por lá- Ah...

Os pensamentos em que estava tendo são parados ao ver um vulto e logo após um barulho de queda, com algumas folhas. Sigo até o lugar do som, cuidadosamente e então vejo uma garota caída no chão.
- Eerr... Precisa de ajuda ? -
Digo, sem reconhece-la.

Conforme ele chegava mais perto ela o reconhecia, tendo certeza de que era ele. Sente uma vontade enorme de abraça-lo, mas quando percebe que ele não a reconheceu pensa não ser uma boa ideia e apenas estende a mão com a esperança de que ele a ajude.
- Por favor - tentava estampar seu melhor sorriso no rosto.

Pegava na sua mão e a ajudava a levantar.
- Não se feriu ? -
Digo, olhando seu corpo, uma leve lembrança acontece ao olha-la por completo.

Examina o próprio corpo por completo e resume que não se machucou.
- Ah, não, não se preocupe Marcus - sorri sem perceber que acabou de chama-lo pelo nome sem nem mesmo ele se apresentar.
Ainda contendo uma grande vontade de abraça-lo.

Dou uns passos para trás, assustado.
- Como sabe meu nome ? -
Digo, olhando novamente seu corpo.

Percebe o que fez e tapa a própria boca, ao mesmo tempo se sente aliviada por descobrir que é ele mesmo, que aquele é mesmo seu nome, mas triste por ele não reconhece-la.
[ Ele não teria o mesmo nome por coincidência, eu tenho certeza que é ele. ]
Começa a se relembrar de quando tinha 7 anos.
[ Será que naquele dia... ]
[ Ele também não sabia que era eu? ... ]
Deixa uma lágrima escapar do olho, mas logo a seca com a mão para não deixa-lo perceber.
[ Será que aquele papo de dizer que voltaria... era mentira? ]
Deixa ele a espera de uma resposta, tem muitos pensamentos na cabeça e não consegue responder de imediato.

- Ei ! Vai me responder ou não ?! -
Digo, a olhando com uma expressão raivosa.

- Eu devo ter me confundido. - Diz, já não querendo que ele lhe reconheça.
Limpando os olhos constantemente para que ele não perceba o choro.

Vejo que ela ficava passando a mão nos olhos, como se estivesse limpando eles.
- Tá tudo bem ? -
Chego mais perto e seguro a sua mão direita, vendo que ela está chorando.
- P-porque está chorando ? Eu fiz alguma coisa ? -
Perguntava, preocupado.

- Você não lembra mesmo. - Deixa as lágrimas correrem já que ele tinha percebido.
- E eu ainda esperei que você voltasse. Você não ia voltar não é? - Fala entre um soluço e outro.

- D-do que você está falando ?! -
Pergunto, agora assustado.

- Tudo bem. Eu te perdoo. Mas ainda sim você não lembra - Já tinha parado de chorar, agora um pouco brava.

- Como vou te ajudar se você não me fala o que está acontecendo ? -
Pergunto, retribuindo a expressão dela.